As férias...

Tempo de recomeços. Acabaram-se as férias, perfeitas (apesar dos meus cacos), alegres e cheias de gratas surpresas. Chorei bastante, é fato, mas também é fato que minhas gargalhadas foram superiores tanto em número quanto em qualidade. Noites loucas, amores fugazes (mas amores), conversas que renderam e uma alma nova. Mais leve, com menos atritos e sem ser tão radical.
Nem doeu tanto sair de trás do muro de concreto.
Nem foi uma vergonha tão grande ligar pedindo um abraço.
Nem me matou falar um ou dois palavrões...
Não me privei de dizer: Eu quero. Também não me privei de cortar gargantas com minhas verdades afiadas (e eu estava certa). Não me escondi de ninguém. Fugi de madrugada, bebi, beijei, me expandi. Sou muito, muito maior do que eu era quando fui. Acrescentei, somei e me multipliquei.
Me permiti um carnaval, me permiti uma paixão, me permiti dizer sim quando deveria ter dito não... não me arrependi. Arrisquei. Arrisquei o que não deveria ter arriscado e fiz isso abusando da sinceridade. Fui leal e desleal ao mesmo tempo. Melhor ter duas caras do que não ter nenhuma.
Tive uma noite louca, como se não bastasse, tive outra... eram vivos caídos no chão capazes de por de pé os mortos. Eram tantas lágrimas e risos e gritos misturados que tudo era uma teia, todos eram vários sentindo como se fossem um só. ( Me faltam descrições).
E no arremate das férias, de volta a minha realidade, me permiti matar uma saudade e abusar da sorte.
Mas agora foi... recomeço. Chego aqui e me reinvento. Broto de mim mesma, com as mesmas esperanças, os mesmos projetos, mais forte e mais feliz e com o coração triplicado, por que quem se ama sempre volta... Né, amigas?!