“Num quarto mal arrumado, com peças de roupas e de vida pelo chão, paredes claras, olhos abertos... Sono? Nenhum... Ver o tempo passar quase solidamente faz parte do cotidiano, da rotina. Faz parte da madrugada. Triste a audácia de quem enfrenta as horas insones.”

Bom é olhar para o lado, no travesseiro atravessado o rosto mais do que conhecido, o rosto que importa (mesmo momentaneamente). Saudade de depois vem só depois mesmo. Mas desenhar e redesenhar os contornos na mente fica para o agora.
Bom é reconhecer que geografias físicas fazem parte do repertório. Os olhos fazem mapas que as mãos com lápis não desenham, a alma deita sobre a silhueta como quem deita uma criança em seu berço e envolve as cobertas ao redor. Encaixes são perfeitos, quando são tão cobiçados. E encaixar é sempre tão necessário.
Bom é sentir a mão buscando o ombro, o cabelo. O beijo adormecido estalar erradamente no queixo, já que a boca se perde no travesseiro. Sentir a falta e matá-la, rápido como quem puxa um gatilho certeiro. Abrir o olho só um pouquinho, sem querer que o sono se vá e sorrir, com a certeza absoluta: “Não to sonhando”.
Bom é acordar sentindo o abraço apertado. O cheiro impregnado nas cobertas, a pele que cola. O sorriso de “Bom dia”. Não se importar com a hora e ficar na cama mais um pouquinho. Ignorar o telefone, os compromissos, tomar água e voltar pra cama. Adormecer de novo!
Ruim é levar até a porta. Se despedir e ficar olhando ir embora. Com um “fica mais um pouco” preso na garganta, louco pra sair.
Péssima é a sensação de nunca mais...

Luth merecidamente formadinha! Linda e sorridente como sempre. Nada mais justo. Vou dizer de novo que amo ela... mas acho que nem precisa. Enfim... AMO TU, FLOR MINHA!

Amanhã, Herval! Por que eu sei fazer procurações que me garantem um feriadão sossegado!